O que é morte cerebral?
Primeiro é preciso esclarecer que todas as pessoas morrem de "morte cerebral". Se uma pessoa idosa sofre uma parada cardíaca que resulta na falta de oxigênio e nutrientes no cérebro, ou se uma pessoa mais jovem sofre um ferimento por arma de fogo na cabeça que leva à morte cerebral, o diagnóstico será o mesmo.
O cérebro controla todas as nossas funções corporais, mas há três coisas que ele não pode fazer:
- não pode sentir dor, o cérebro pode sentir a dor proveniente de todo o corpo, porém não pode sentir a dor dentro dele mesmo;
- o cérebro não pode armazenar oxigênio, uma pessoa pode sentir em poucos segundos que está faltando oxigênio, uma pessoa levanta-se bruscamente e sente tontura, é um exemplo da diminuição do fluxo de sangue no cérebro;
- o cérebro não pode armazenar glicose (açúcar presente no sangue), diabéticos que auto-administram insulina em excesso podem fazer baixar o nível de açúcar no sangue e desmaiar, e se não for feita uma infusão imediata de glicose o cérebro pode morrer.
O cérebro pode sobreviver por até seis minutos após o coração parar de bater. É importante aprender a realizar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP), pois se a RCP for iniciada dentro de seis minutos após a parada cardíaca, o cérebro poderá sobreviver à falta de oxigênio. Contudo, após cerca de seis minutos sem a RCP o cérebro começa a morrer. (Veja Como funciona a ressuscitação cardiopulmonar para aprender mais sobre o procedimento). A pronta ressuscitação permite ao médico tempo para administrar tratamento ao cérebro danificado. Medicação e ventilação mecânica permitem a oxigenação do tecido, mas danos graves ao cérebro ou um longo período sem oxigenação ou glicose, causam a morte cerebral.
Por definição, "morte cerebral" é "quando todo o cérebro, incluindo o tronco cerebral, perde irreversivelmente todas as suas funções". Em termos legais, a hora da morte é "o momento em que o médico (ou médicos) determina que o cérebro e o tronco cerebral perderam irreversivelmente todas as funções neurológicas".
Fonte:saude.hsw.uol.com.br/morte-cerebral