A apresentação do Projeto Básico de Esgotamento Sanitário para a cidade de Camboriú, realizado na noite desta quarta-feira, dia 24, reuniu mais de uma centena de pessoas, deixando o auditório do Paço Municipal lotado.
Orçado em cerca de 60 milhões de reais, o projeto prevê uma rede coletora de esgoto em todos os bairros do perímetro urbano e canalizar os resíduos para uma estação de tratamento de última geração. Com tecnologia semelhante à utilizada na Europa, a estação alcançará uma eficiência de 94%, através da desinfecção por luz Ultra Violeta.
Além de ajudar na recuperação do Rio Camboriú, o investimento deve alavancar a qualidade de vida e melhorar a saúde de muitas pessoas. Segundo estudos apresentados pelo engenheiro Adriano Ribeiro, representante da empresa Sanetal, autora do projeto, "o mau destinamento dado ao esgoto é responsável por 65% das internações hospitalares, causando doenças da pior espécie".
Um dos tópicos que gerou polêmica entre os presentes foi a localização da estação de tratamento, devido à preocupação com a emissão de odores. Para isso a empresa já apresentou três diferentes opções de terreno para as instalações e explicou que a tecnologia utilizada, de tanque aerado, reduz os odores até a sua quase eliminação.
Empolgada com a apresentação, a Prefeita Luzia Coppi Mathias não vê a hora de partir em busca de recursos para realizar a obra. "A primeira etapa da construção está avaliada em aproximadamente 20 milhões, mas estou pronta para pegar o projeto aprovado e visitar as sedes do Governo em busca de verbas para a execução", enfatizou.
O engenheiro Ney Clivati, diretor Geral da Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (EMASA), também esteve presente na audiência pública e ressaltou que a parceria entre os dois municípios na coleta e tratamento do esgoto será fundamental na recuperação do Rio Camboriú. "Acredito que um dia os robalos voltarão a subir o rio", declarou.