Cerca de 500 pessoas participaram da 2ª Conferência Estadual de Proteção e Defesa Civil, realizada na semana passada, em Lages, e elencaram 10 princípios e 30 diretrizes. O documento será apresentado em maio, no Distrito Federal, na Conferência Nacional do setor, pelos 50 delegados que vão representar Santa Catarina, eleitos durante o evento estadual.
Diante de um processo democrático foram escolhidos os representantes de cada seguimento. Entre eles, representando a região da AMFRI quatro delegados foram eleitos, são eles: Tatiana Reichert do município de Ilhota como titular, e Tarcila Martins Campos de Itapema como suplente, no seguimento Sociedade Civil; Moises Filho Motta de Itapema como titular, do Poder Público; e Vera Lucia Rossi de Luís Alves como titular, dos Conselhos profissionais e de direitos.
Entre os princípios, a ênfase é para a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDC) que precisa apoiar-se em uma equipe de profissionais em contínua capacitação e deve valorizar as ações de prevenção e a otimização dos processos e instrumentos de resposta e reconstrução. Outro destaque dos princípios aprovados é o de as Políticas Públicas de Proteção e Defesa Civil deverem basear-se em uma cultura orientada para a conscientização e a auto-proteção.
Já entre as diretrizes estão as de regulamentar a profissão de agente de Proteção e Defesa Civil e técnico de defesa civil, criar programas de capacitação continuada em Proteção e Defesa Civil para gestores e técnicos em todos os níveis de governo. Capacitar a comunidade com maior índice de risco, e priorizar nas políticas públicas do setor, ações que considerem a reabilitação pós-desastre de moradores em áreas de risco, foram também algumas das diretrizes aprovadas.
“A conferência é um marco para Santa Catarina. É uma grande mobilização na organização da base da sociedade. O nosso Estado está em uma rota de fenômenos climáticos adversos, por isso, este encontro, o repasse e a troca de informações contribuem muito no desenvolvimento do sistema de proteção dos cidadãos catarinenses. Se não podemos eliminar as tragédias, precisamos aprender a conviver com elas, e, para isso, é necessário prevenir e preparar a sociedade”, salientou o secretário da Defesa Civil, Milton Hobus.
Durante a conferência, os 20 representantes dos municípios da AMFRI, e demais participantes também realizaram discussões divididos em quatro eixos definidos pelo Ministério da Integração Nacional, sendo eles: gestão integrada de riscos e resposta a desastres; integração de políticas públicas relacionadas à proteção e Defesa Civil; gestão do conhecimento; e mobilização e promoção de uma cultura de proteção e Defesa Civil na busca de cidades resilientes.