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Defesa Civil avalia panorama das últimas horas em Itajaí

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As ações preventivas, o conjunto de obras executadas nos últimos anos e a integração entre os poderes executivo e legislativo, além da fundamental participação dos voluntários, foram fatores decisivos para a redução os efeitos das chuvas no Município de Itajaí. Esta foi a avaliação feita pelo Prefeito Jandir Bellini, Vice-Prefeita Dalva Rhenius e Coordenador da Defesa Civil, Everlei Pereira, durante a coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (23), que apresentou o panorama das últimas horas na cidade.

 De acordo com o Prefeito, ações desenvolvidas desde 2009 resultaram na diminuição do impacto provocado pelas chuvas. A primeira delas foi a organização da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil com uma equipe técnica. Depois, ações como a abertura da boca da barra em 10 metros e o aprofundamento do canal do Rio Itajaí-Açu para 14 metros, que contribuíram decisivamente para o melhor escoamento das águas que chegam dos municípios do Vale do Itajaí para o oceano. Além da construção da nova ponte da comunidade da Nova Brasília, que é a única saída das águas do Rio Itajaí-Mirim e que ficava prejudicada pela antiga ligação, que funcionava como uma barreira por ser baixa.

E ainda, citou o expressivo conjunto de obras e investimento em macrodrenagem, como a atual obra na Rua Silva, que vai melhorar o escoamento do Ribeirão da Caetana, assim como os trabalhos executados na Rua Uruguai, Rodovia Osvaldo Reis, Ribeirão Schneider, e em ruas como a Jacob Ardigó, Telêmaco de Oliveira, Eredes Serpa e João Cunha, além do programa Vala Limpa, foram lembrados.

Desde o início das chuvas que atingem Santa Catarina, na última sexta-feira (20), até o fim da manhã desta segunda-feira (23), Itajaí registra um acumulado de chuvas de 157,08 mm, medido na Estação de Telemetria DC 01, localizada nos fundos do Centreventos, junto ao CEPSul. Na manhã desta segunda-feira (23), o abrigo municipal aberto no Salão Paroquial da Igreja São Cristóvão, em Cordeiros, recebe 247 pessoas de 60 famílias. Durante a madrugada, devido à maré alta, a cidade teve um total de 66 ruas parcialmente alagadas em 12 pontos. Durante a manhã, a grande maioria já voltou à normalidade e apenas cinco ainda tinham pontos de alagamento. São elas: Ananias Caetano da Silva e Samuel Pedro Simas, no Loteamento Beira Rio (Murta); Antônio de Oliveira (São Vicente); São Francisco do Sul (Bambuzal / São Vicente) e Raul Machado (Cidade Nova).

Itajaí segue em estado de alerta devido à previsão de maré alta para a tarde desta segunda-feira (23). O pico da maré alta está programado para 16h23, quando deve atingir um metro. “A maré funciona como uma barreira natural porque impede o escoamento das águas que descem pelo Rio Itajaí-Açu, vindas do Alto e Médio Vale”, explicou o Coordenador da Defesa Civil. Segundo ele, só após este pico de maré alta e análise do comportamento das cheias é que será possível decidir sobre a volta das famílias abrigadas para casa – uma vez que residem em locais que podem ser afetados novamente pela subida das águas – e a redução do status do Município de Alerta para estado de Atenção.

Mas, com a melhora no quadro geral do Município, a Secretaria de Educação já confirmou a retomada das aulas na Rede Municipal de Ensino, tanto no Ensino Infantil (Creches) quanto no Fundamental (Escolas) para esta terça-feira (24). Quanto às Unidades de Saúde, apenas a da Murta segue fechada na tarde desta segunda-feira, devido ao risco de alagamento com a subida da maré no período da tarde. Já o Complexo Portuário de Itajaí permanece fechado para operações devido à correnteza no Rio Itajaí-Açu desde a última sexta-feira (20). Doze navios aguardam fundeados para atracar nos terminais de Itajaí e Navegantes. 

 

Texto: Secretaria de Comunicação Social de Itajaí