Percorrer a floresta tropical da Costa Rica, passar uma temporada em cabanas na savana senegalesa, compartilhar a vida dos monges de um templo budista na China. Grandes agências de viagens da indústria turística mundial já começaram a explorar o turismo sustentável, modalidade que cresce e multiplica as campanhas de marketing "verde".
Porém, nem só de brisas vive o setor. Segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT), a industria precisa limitar os efeitos provocados pelas grandes viagens para que as alterações climáticas não afetem os destinos.
"O turismo é ao mesmo tempo vítima e responsável pelo aquecimento global. Sua contribuição às emissões de gases que provocam o efeito estufa é de quase 5%', afirma o presidente da OMT, Francesco Frangialli.
Segundo a OMT, em 1950, existiam apenas 25 milhões de turistas internacionais. Para 2020, a estimativa é de 1,6 bilhão. Todo este crescimento pode resultar, nos próximos 30 anos, em um aumento de 150% das emissões dos gases que provocam o efeito estufa.
Em tempos de expansão das empresas de baixo custo, quase metade dos 898 milhões de turistas que percorreram o planeta em 2007 viajaram de avião. As emissões aéreas correspondem por 40% do total das emissões de CO2 provocadas pelo turismo.
Para evitar uma presença excessiva nas áreas turísticas, alguns países optam por fixar cotas de visitantes, como fez o Peru no caminho dos incas que leva a Machu Picchu.
Para especialistas, o turismo sustentável não significa reduzir as viagens, o que seria um grande retrocesso, mas sim viajar de outra maneira, com um ritmo diferente.
Apesar de movimentar as economias dos países de destino, algumas ONGs estimam que apenas um terço dos recursos permaneçam nos países visitados.
Autor: da France Presse
Data: 04/07/08
Fonte:http://www.gestour.com.br/webengine/servlet/Controller?command=gestour&modulo=noticias&id=40000