Ampliação da cobertura deverá ocorrer até 2010. Para ministro, estratégia é porta de entrada do SUS e

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Ampliação da cobertura deverá ocorrer até 2010. Para ministro, estratégia é porta de entrada do SUS e

 
 

altera modelo centrado em hospitais, focando na promoção à saúde

Ampliar a cobertura para mais 60 milhões de brasileiros e chegar até 2010 com 140 milhões de indivíduos atendidos pela estratégia, chegar nos grandes centros metropolitanos e oferecer qualidade de atendimento. Os três pontos foram enfatizados pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, como os grandes desafios para o futuro a serem enfrentados pela Estratégia Saúde da Família, que comemora 15 anos em 2008. A declaração foi feita durante a abertura da III Mostra Nacional de Produção em Saúde da Família, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, na noite de terça-feira (5).

“É preciso deixar de ser refém do modelo centrado em hospitais. O hospital é um espaço importante de cuidado dentro de uma política mais ampla e que transcende o hospital. Essa é a grande questão que o Saúde da Família nos ensina”, afirmou. O programa é a porta de entrada do cidadão no SUS e atende hoje 103 milhões de indivíduos, além de visitar as casas dos brasileiros, profissionais de saúde fazem trabalhos educativos em escolas, creches e atendem nas Unidades Básicas de Saúde.

E os resultados são positivos. Dentre outros benefícios evidenciados por estudos científicos em virtude do programa, a diretora do departamento de Atenção Básica, Claunara Mendonça, enumerou: a melhora da saúde materno-infantil, a redução da mortalidade infantil, o acesso ao pré-natal, ao planejamento familiar, e a prevenção de complicações com as doenças crônicas, motivos de morte não só dos brasileiros.

Presente nas comemorações da mostra, o ex-ministro da Saúde Adib Jatene e um dos criadores do programa em 1993, lembrou que em Camaragibe, na grande Recife, a mortalidade infantil era ao redor de 100 por mil nascidos vivos e, quando se alcançou 90% de cobertura do Saúde da Família, essa taxa caiu para 19 por mil nascidos vivos. “Esse trabalho é o verdadeiro programa de promoção da saúde e prevenção das doenças”, reforçou.

Um agente comunitário de saúde, membro da própria comunidade, cuida de cerca de 200  famílias, que ele visita todo mês. Ele cadastra a população e verifica as doenças existentes, sabe quem está grávida, se faz pré-natal, quem é hipertenso, quem é diabético, verifica a caderneta de vacinação das crianças. O agente comunitário é o intermediário entre a população que ele está cuidando e o médico, a enfermeira e o auxiliar do posto de saúde. “Na medida em que estabelece o vínculo entre quem presta e recebe o atendimento, ele atende no início dos sintomas, ao mesmo tempo que estimula as caminhadas, o controle de peso”, explicou Jatene.

A III Mostra Nacional de Produção em Saúde da Família segue até o dia 8 de agosto em Brasília e recebe mais de 6 mil profissionais de saúde que trabalham nas equipes do programa. Na noite desta quarta-feira (6), serão os anunciados os premiados do 3º Concurso Nacional de Experiências em Saúde da Família.

Por Carolina Valadares, da Agência Saúde

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