Ao comentar painel sobre o tema, durante sessão do Conselho Diretor da OPAS, Temporão ressalta necessidade de trabalhar políticas para o binômio mãe-b

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Ao comentar painel sobre o tema, durante sessão do Conselho Diretor da OPAS, Temporão ressalta necessidade de trabalhar políticas para o binômio mãe-bebê

O presidente da Comissão sobre Determinantes Sociais da Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Marmot, elogiou hoje (1º), durante a reunião do 48º Conselho Diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Washington (EUA), a iniciativa brasileira de aprofundar o debate no Brasil sobre a importância das relações entre saúde e condições de vida.

Marmot, que apresentou um painel sobre o tema, ressaltou que o Brasil foi o primeiro país no mundo a criar uma comissão nacional para discutir a questão das determinantes sociais. O objetivo desse trabalho é analisar o impacto das condições de vida — emprego, moradia, saneamento, acesso à luz e água, violência, estresse — na saúde da população.

"Há discussões sobre o tema na Inglaterra, Suécia e Canadá, mas nenhum deles criou uma comissão especialmente para discutir o tema, como fez o Brasil", afirmou Marmot em entrevista à Agência Saúde. A OPAS/OMS defende que os demais países membros criem suas comissões para ampliar a pesquisa e o intercâmbio sobre essas questões, apresentando recomendações.

BEBÊ-MÃE – A comissão brasileira sobre Determinantes Sociais da Saúde, criada em 2006, é constituída por formuladores de políticas de saúde e gerentes, pesquisadores, especialistas e membros da sociedade civil. A iniciativa quer promover o intercâmbio de idéias entre as organizações da sociedade civil que trabalham com temas relacionados aos determinantes sociais da saúde, e também debater a história e o desenvolvimento dos determinantes sociais nas Américas e suas influências nas políticas, apresentando e discutindo experiências exitosas.

Ao comentar o painel sobre Determinantes Sociais, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, relatou ao Conselho Diretor da OPAS que uma das iniciativas do Brasil tem sido uma política voltada à mãe e ao bebê nos primeiros anos de vida. “O ambiente intra-uterino e os primeiros meses e anos de vida são cruciais para a estrutura física e psíquica do ser humano. Praticamente inexistem estudos sobre o tema. Precisamos pensar em políticas para esse binômio mãe-bebê”, ressaltou.

As recomendações da OMS na questão das Determinantes Sociais de Saúde, conforme apresentou Michael Marmot, envolvem as esferas política, social e econômica. “A desigualdade na área da saúde ainda é um grande problema, não só nos países pobres. O desafio que colocamos aos países é o de pensar em como implementar essas recomendações, que envolvem questões circunstanciais, políticas e de pesquisas”, afirmou Marmot.


Fonte:www.saude.org.br

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