Saúde aposta em parcerias público-privadas Na avaliação do ministério, o mecanismo é uma alternativa para amenizar efeitos negativos do subfinanciamento e ampliar acesso às políticas do SUS
O Ministério da Saúde aposta no modelo de Parcerias Público-Privadas (PPPs) para ampliar a cobertura dos serviços oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS) e facilitar o acesso dos brasileiros às políticas de saúde. A proposta foi apresentada pela secretária-executiva do Ministério da Saúde, Márcia Bassit, nesta quinta-feira (2), durante o IV Congresso Latino-americano de Administradores de Saúde, em São Paulo (SP).
“A saúde, que já tem um problema grave de subfinanciamento, certamente terá problemas ainda maiores com a crise financeira dos Estados Unidos, o que aponta para a necessidade de procurarmos em conjunto alguns caminhos para amenizar essa questão”, afirmou Márcia Bassit, que representou o ministro José Gomes Temporão na Conferência Magna de Encerramento do congresso.
Para uma platéia de profissionais da área de saúde, administradores, empresários e representantes da sociedade civil, Márcia Bassit explicou que o orçamento do Ministério da Saúde é prioritariamente comprometido por gastos com a manutenção da rede pública nas esferas federal, estadual e municipal. Com esse comprometimento, apenas 5% do orçamento do gestor federal do SUS são destinados a investimentos no setor.
Para reverter esse quadro, o ministro Temporão lançou o complexo industrial da saúde como um dos eixos prioritários de sua gestão, para atrair investimentos e consolidar a saúde como forte indutor de desenvolvimento econômico e social no País. Um exemplo recente de parceria público-privada bem-sucedida na área de saúde foi a articulação entre laboratórios públicos – Farmanguinhos e Lafepe – com um consórcio de empresas do setor privado para a fabricação nacional do anti-retroviral Efavirenz, com redução significativa de custos para o sistema. Ainda na área de medicamentos, vale destacar a transferência para a produção de vacinas.
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