Ministério da Saúde e Organização Pan-Americana lançam campanha para garantir menos riscos nas intervenções cirúrgicas realizada na rede pública de saúde
Os hospitais credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) realizaram 2,7 milhões de cirurgias de diferentes níveis de complexidade, de janeiro a setembro deste ano. Foram gastos até agora R$ 2,7 bilhões. Diante de um universo dessa dimensão, evitar complicações pós-cirurgia, reduzir tempo de internação e custo são metas fundamentais para garantir melhor qualidade aos serviços prestados. Com esse intuito, foi lançada nesta quarta-feira (10), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, a campanha “Cirurgias Seguras Salvam Vidas”, uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). O Ministério da Saúde foi representado pelo médico Alberto Beltrame, diretor do Departamento de Atenção Especializada. A cerimônia ocorreu depois da abertura do simpósio sobre o mesmo tema, que vai até quinta-feira, sempre das 9h às 18h.
A campanha prevê a distribuição de protocolos de procedimentos corretos e boas práticas antes, durante e depois da cirurgia. “São práticas simples que vão desde a maneira correta de o profissional lavar as mãos até o uso de antibióticos antes do procedimento cirúrgico”, explica o coordenador-geral de Alta Complexidade do Ministério da Saúde, Joselito Pedrosa.
PUBLICAÇÃO – De acordo com Pedrosa, os protocolos foram desenvolvidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a partir de um estudo sobre as cirurgias, suas complicações e os gastos da rede hospitalar. O Brasil, em parceria com a OPAS, traduziu esses protocolos, produziu uma publicação que será distribuída a 15 mil unidades hospitalares credenciadas pelo SUS. Embora 90% dos procedimentos de alta complexidade ocorram no SUS, o Ministério da Saúde pretende, em parceria com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), fazer com que esses mesmos protocolos cheguem à rede hospitalar particular.
Pedrosa explica que os protocolos podem ser imediatamente adotados e não exigem nenhum processo de capacitação dos profissionais. “Exigem apenas uma mudança de cultura de práticas. Os profissionais detêm conhecimento suficiente, pela própria formação, sobre esses procedimentos”, diz o coordenador-geral. Ele prevê que essa mudança resultará em melhoria da qualidade dos procedimentos cirúrgicos e da assistência prestada à população.
Fonte:http://189.28.128.101/portal/aplicacoes/noticias/noticias_detalhe.cfm?co_seq_noticia=56937