Na última quinta-feira (19) foi realizada a audiência pública para apresentação do do Plano Municipal de Mobilidade Urbana (PlanMob) de Luiz Alves. O documento foi apresentado no auditório da Prefeitura e teve a participação da comunidade e gestores públicos. A audiência é uma das etapas finais do PlanMob, que está sendo realizado em parceria com a Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (AMFRI).
Durante a audiência, os técnicos da empresa Le Pradron, contratada pela AMFRI para elaboração dos planos em toda a região, apresentaram a leitura sócio espacial de Luiz Alves, o diagnóstico, o prognóstico, além dos princípios, propostas e resultados esperados para os próximos anos. “Foi mais de um ano de trabalho que contou com a pesquisa domiciliar de origem e destino aplicada em 748 residência de todos os bairros e localidades da cidade, uma consulta pública onde 18 propostas foram elencadas, além de estudos em documentos”, explicou o arquiteto e urbanista da Le Padron, Gabriel Guilherme Gollnick.
Na etapa do diagnóstico feito pela empresa ficou demonstrado que o crescimento da frota em Luiz Alves duplicou, passando de aproximadamente 4 mil em 2005 para mais de 8 mil veículos em 2014. Quanto à divisão modal, ou seja, a forma como a população utiliza o transporte, o carro representa 56%, seguido por andar a pé 17%. Motocicleta representa 15% da utilização de meios de transporte, 8% bicicleta, 3% ônibus, e 1% outros formatos.
Ainda de acordo com os estudos um total de 27 mil viagens são realizadas diariamente, sendo a maioria dos deslocamentos dentro da Vila do Salto. Entre os principais motivos das viagens estão o deslocamento para trabalho e para estudo. O prognóstico mostrou que planejando e executando os benefícios para a cidade, em 2025 haverá uma diminuição de 20% no uso do automóvel, um aumento de 107% na utilização de meios que não são motorizados (a pé e bicicleta) e ainda um aumento de 308% de deslocamentos por meio de transporte público coletivo.
Como principal estratégia para a mobilidade foi constatado que é necessário investir mais em ações que beneficiem o pedestre, a bicicleta e meios de transportes coletivos, tornando assim as cidades mais viáveis, humanas, seguras e saudáveis. “Como proposta para solucionar os problemas de mobilidade urbana, quatro principais eixos deverão ser investidos, sendo eles: Acessibilidade, Cicloviário, Transporte Coletivo e Transporte Individual,”, afirmou Sérgio Guilherme Gollnick. A próxima etapa será a elaboração da minuta de lei que deverá ser entregue ao Executivo Municipal.