O Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob) de Camboriú, elaborado em parceria com a AMFRI, foi oficialmente apresentado à comunidade na última quarta-feira, 20, durante audiência pública que ocorreu na Câmara Municipal de Vereadores. A audiência que reuniu moradores, representantes da sociedade civil, gestores e autoridades municipais é uma das etapas finais do PlanMob.
Durante a audiência, os técnicos da empresa Le Pradron, contratada pela AMFRI para elaboração dos planos em toda a região, apresentaram a leitura sócio espacial de Camboriú, o diagnóstico, o prognóstico, além dos princípios, propostas e resultados esperados para os próximos anos. “Foi mais de um ano de trabalho que contou com a pesquisa domiciliar de origem e destino aplicada em 805 residências de todos os bairros e localidades da cidade, reuniões públicas onde 134 pessoas participaram e elencaram mais de 300 propostas, além de estudos em documentos”, explicou o arquiteto e urbanista da Le Padron, Gabriel Guilherme Gollnick.
Na etapa do diagnóstico feito pela empresa ficou demonstrado que o crescimento da frota em Camboriú triplicou, passando de cerca de 15 mil em 2005 para mais de 46 mil veículos em 2014. Quanto à divisão modal, ou seja, a forma como a população utiliza o transporte, o carro representa 42%, seguido por andar a pé 22%. A moto representa 20% da utilização de meios de transporte, 10% bicicleta, e por ônibus apenas 3%.
Ainda de acordo com os estudos um total de 163 mil viagens são realizadas diariamente, sendo a maioria dos deslocamentos dentro do bairro Monte Alegre e no Centro. Já nas viagens externas, ou seja, para fora do município são realizadas 62 mil por dia, tendo Balneário Camboriú como principal destino (78%). Entre os principais motivos das viagens estão o deslocamento para trabalho e para estudo.
O prognóstico mostrou que planejando e executando os benefícios para a cidade haverá uma diminuição no uso do automóvel, e um aumento significativo na utilização de meios que não são motorizados e transporte público coletivo. Como principal estratégia foi constatado que é necessário tornar as cidades mais viáveis, humanas, seguras e saudáveis. “Na proposta para solucionar os problemas de mobilidade urbana, alguns principais eixos deverão ser investidos, sendo eles: Acessibilidade, Cicloviário, Transporte Coletivo, Sistema Viário, Transportes Individuais, e Gestão”, afirmou o engenheiro de transportes da LePadron, Gustavo Pereira Dávila. A próxima etapa será a elaboração da minuta de lei que deverá ser entregue ao Executivo Municipal.