Os prefeitos que compõem a região da AMFRI estiveram reunidos nesta sexta-feira (3) para a última Assembleia Geral do ano. Em destaque, a constituição da Comissão Intersetorial da AMFRI para mulheres vítimas de violência, com profissionais técnicos da área da Assistência Social, Comunicação, Educação, Jurídico, Saúde e Segurança Pública (comissão detalhada no fim da matéria), com intuito de mapear toda a rede existente nos 11 municípios que compõem a AMFRI, reunir dados e realizar um diagnóstico regional em um só local.
A Assistente Social da AMFRI, Neuza Bottega, explica que a iniciativa surgiu do Presidente da AMFRI e Prefeito de Porto Belo, Emerson Stein, com intuito de agrupar todos esses dados para que tenha um fluxograma regional, com dados reais e atualizados, para posteriormente disponibilizá-los para a população. A comissão é composta pelos coordenadores e presidentes dos colegiados.
“Uma vez que o trabalho de coleta de dados seja finalizado, é possível buscar formas para melhorar o atendimento e acolhimento dessas mulheres. Conseguiremos trabalhar de forma integrada entre os 11 municípios, produzindo campanhas regionais de orientação e contra a violência doméstica. Pela complexidade da Comissão e por abranger toda uma região, este é um trabalho de médio a longo prazo”, explica.
O Presidente da AMFRI explica que o primeiro passo para formar uma rede de apoio regional foi dado. “Instituímos a comissão, com técnicos da AMFRI e dos municípios. Esse foi o primeiro passo. No próximo ano, já começamos a trabalhar com uma proposta de trabalho e em planos de ações. É um trabalho longo, que requer o contato direto com a rede já existente nos 11 municípios, mas, temos certeza que terá um resultado maravilhoso futuramente”, destaca Emerson.
Comissão Intersetorial da AMFRI:
Colegiado de Secretários Municipais de Assistência Social – COSEMAS
Coordenadora – Neuza Terezinha Bottega
Presidente – Paulo Ricardo Debatin
Comissão Intergestora Regional da Foz do Rio Itajaí – CIR Foz do Rio Itajaí
Coordenadora – Jacqueline Mirtes Alves Zatera
Presidente – Juliana Rodrigues de BritoWust
Colegiado de Secretários Municipais de Educação – CSME
Coordenadora – Gilmara da Silva
Presidente – Elisete Furtado Cardoso
Colegiado de Gestores Municipais de Segurança Pública – COGEMSP
Coordenadora – Jeanete Fagundes
Presidente – Douglas Jesus Ferraz Rocha
Colegiado de Gestores de Comunicação Social – COGECOM
Coordenadora – Lyandra Machado Batista
Presidente – Juliana Machado Garcia
Colegiado dos Procuradores Jurídicos Municipais – CPJMA
Coordenadora – Iassana Cesco Rebelo
Presidente – Luís Fernando M. e Maba
Violência intensificou na pandemia
Uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência no último ano no Brasil, durante a pandemia de Covid, segundo pesquisa do Instituto Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e divulgada em junho deste ano.
Isso significa que cerca de 17 milhões de mulheres (24,4%) sofreram violência física, psicológica ou sexual no último ano. A porcentagem representa estabilidade em relação à última pesquisa, de 2019, quando 27,4% afirmaram ter sofrido alguma agressão.
As agressões em ambiente doméstico representaram 42% em 2019 e 48,8% em 2020, enquanto as violências sofridas nas ruas foram de 29% para 19%. Cresceram também os casos em que os agressores são companheiros, namorados e ex-parceiros. Com as mulheres acima de 50 anos, há maior aparição de filhos e enteados nos casos de violência.
“Estamos falando de pessoas da família, que caracterizam esse fenômeno que não é uma violência doméstica como a gente tende a pensar no sentido de ser uma violência só do companheiro. Mas é uma violência intrafamiliar, que está acontecendo ali no seio da família”, disse Samira Bueno, diretora-executiva do FBSP.
Confira o relatório completo: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/06/relatorio-visivel-e-invisivel-3ed-2021-v3.pdf
Texto: Lyandra Machado Batista – Assessoria de Comunicação
Foto: Luiz Carlos Júnior/AMFRI
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