Nesta quarta-feira (18), o Secretário Nacional da Aquicultura e Pesca, Jairo Gund, o Secretário Nacional de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, Olivaldi Alves Borges e o Diretor de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, Valdir Pereira Ramos Filho, estiveram na sede da Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (AMFRI), para reunião com gestores do setor público, setor pesqueiro, vereadores (as), além de representantes das associações empresariais, sobre os investimentos do Governo Federal no projeto que transforma resíduos orgânicos em biogás e biometano na região da AMFRI.
Durante o encontro, Olivaldi Alves destacou a ideia de expandir e incentivar a cadeia de produção de biogás e biometano a partir de rejeitos orgânicos de pescados e outras fontes carbônicas disponíveis na região.
“Nós temos as Unidades de Conservação (UC) e alguns problemas relacionados às unidades nós tentamos resolver por meio de alguns projetos. Neste caso, existe a geração do resíduo do peixe, no qual possui uma cadeia bem resolvida ambientalmente, pois o mesmo em sua grande maioria é utilizado com matéria prima para fabricação de farinha, restando deste processo apenas lodo que é destinado aos aterros sanitários. Nesta região nós temos o maior polo pesqueiro do Brasil, então a ideia é não levar mais ao aterro sanitário e sim transformar em biogás e biometano gerando energia que pode ser utilizada de várias formas, inclusive pelo próprio setor”, explica.
Após explanações técnicas dos representantes do Governo Federal, o Presidente da AMFRI e Prefeito de Penha, Aquiles da Costa, agradeceu a aproximação dos Secretários com a região e realizou os encaminhamentos para os próximos passos em relação ao projeto.
“A Secretaria Nacional de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente fará um estudo de viabilidade, com levantamentos técnicos, para que posteriormente possamos discutir a implementação de uma usina de produção de biogás e biometano na região da AMFRI. A ideia é que se possa verificar, a partir desses estudos, a forma de aplicação dos resíduos orgânicos, matéria prima, volume de resíduos, local, de que forma será feito, além de outros pontos técnicos e investimentos financeiros. De 30 a 60 dias teremos um retorno desse estudo e a possibilidade de trazer para a região da AMFRI uma solução para os resíduos orgânicos”, explica.
Jairo Gund destaca a produtividade da reunião, principalmente em relação a aproximação com o setor pesqueiro da região. “A ideia é transformar a matriz energética da região a partir da utilização de biogás. Desta forma seremos mais sustentáveis e econômicos”, finaliza.
Diagnóstico com Unidades de Conservação da região e indicadores
O Colegiado de Meio Ambiente da AMFRI, por meio do Grupo de Trabalho de Unidades de Conservação, produziu diagnóstico com o quantitativo das Unidades de Conservação de toda a região e seus indicadores. No documento, foi possível verificar a existência de 23 unidades de conservação nos 11 municípios da AMFRI, que correspondem a cerca de 7% do território da região. O relatório foi entregue em mãos ao Secretário Nacional de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, Olivaldi Alves Borges.
O Engenheiro Ambiental da AMFRI, Leandro Freitas, explica que a demanda dos municípios se encontra na elaboração dos Planos de Manejo. “O diagnóstico realizado pelo grupo de trabalho aponta que das 21 unidades de conservação públicas, 10 ainda não possuem o Plano, o qual o grupo entende ser o principal e fundamental instrumento de trabalho para gestão das unidades de conservação, e por assim ser as ações para fomento e desenvolvimento do ecoturismo entre outros projetos das mesmas somente poderão ocorrer partir da elaboração dos Planos”, diz.
O diagnóstico foi feito com intuito de verificar a existência de recursos e possibilidades de parcerias com o Governo Federal para auxiliar e fomentar os municípios da AMFRI no desenvolvimento e Elaboração dos Planos de Manejos das unidades de conservação.
“Agora, com a demanda do projeto que transforma resíduos orgânicos em biogás e biometano na região da AMFRI, o diagnóstico será fundamental e com certeza irá ajudar nos estudos técnicos de viabilidade que serão feitos pelo Governo Federal”, finaliza.
Texto e fotos: Lyandra Machado Batista – Assessoria de Comunicação
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