Nesta terça-feira (8), o colegiado de cultura encerrou o “1º Ciclo de Formação para a Culinária Popular: redescobrindo possibilidades”, projeto aprovado pelo Edital Elisabete Anderle 2021, da Fundação Catarinense de Cultura. A mesa-redonda intitulada “Culinária Popular: registros do passado, sucesso do presente, ideias para o futuro” contou com falas que contemplaram diversas ações voltadas para esse modo de fazer tradicional.
A Presidente da Fundação Municipal da Cultura de Porto Belo, Cristiani de Jesus, iniciou o evento explanando a respeito da importância da culinária popular para a identidade cultural dos municípios. “Falar em culinária popular é falar em amigos, família, lembranças afetivas. Quando se fala em comida típica, não tem como não lembrar das nossas mães, avós, pais, bisavós, é trabalhar com o coração. Falar em culinária típica é falar de amor”, destaca.
A Diretora de Artes da Fundação Cultural de Balneário Camboriú, Lilian Martins, apresentou diversas políticas públicas que o órgão tem desenvolvido em prol desse modo de fazer tradicional. O Superintendente da Fundação Cultural de Penha e Presidente do Colegiado de Cultura da AMFRI, Eduardo João de Souza, versou sobre a Escola de Culinária de Itapocorói, que já formou mais de dois mil alunos na área.
Gabriela Becker trouxe a iniciativa Cozinha Cidadã, projeto em parceria com a Univali, a Fundação Cultural de Bombinhas e a Fundação de Meio Ambiente, que inclui a criação de hortas comunitárias, enquanto Tábata Lauata Torres, produtora cultural, ilustradora e escritora, contou sobre o processo do livro “Pelo Jardim da Mestra”, que recolhe informações das plantas alimentícias, medicinais e ornamentais de Mestra Salete, mestra da cultura popular de Bombinhas.
Finalizando a mesa redonda, Ester Rute das Neves Dias, detentora do saber culinário de Penha, contou sua relação com a comida afetiva e a importância de se preservar esse legado entre as gerações.
A mesa redonda foi transmitida ao vivo pelo canal do youtube da AMFRI; https://youtu.be/yDx4S7lXwvY
Sobre o projeto
Aprovado pelo Edital Elisabete Anderle, o “1º Ciclo de Formação para a Culinária Popular: redescobrindo possibilidades” ocorreu entre os meses de setembro e outubro e contou com palestras e oficinas que aconteceram nos onze municípios da AMFRI. Seu intuito foi o de construir, compartilhar e aprimorar os conhecimentos e modos de fazer da culinária popular, apoiando e colaborando com o processo de capacitação e geração de renda para os detentores dessas tradições, memórias, saberes e fazeres, além de registrar, valorizar, salvaguardar esses saberes e modos de fazer, redescobrindo as diversas possibilidades que a culinária popular pode abranger.
O evento contou com o apoio do CITMAR, do SEBRAE e dos conventions bureaus e dos organizadores e festivais gastronômicos da região. As palestras e oficinas locais foram ministradas pela Prof. Dra. Yolanda Flores e Silva, investigadora e docente na Universidade do Vale do Itajaí, coordenadora de pesquisas e projetos com foco cultural nas redes e organizações comunitárias tradicionais em especial a gastronomia étnica-cultural e segurança alimentar.
Texto: Lyandra Machado Batista – Assessoria de Comunicação
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